segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Senha

Já passava do meio dia e eu estava entrando no banco, tinha de fazer um depósito para o meu pai. Eu havia ido de ônibus até o Jabaquara e na Avenida Engenheiro George ( alguma coisa) , entrei na agencia do Banco Real. Para não disparar o alarme com a minha chave, que fica sempre presa ao meu pulso por uma corrente, eu a segurei na mão. Sempre faço isso, e quase sempre da certo. Se não me engano a algum tempo havia visto uma matéria em algum jornal sobre como armas de pequeno calibre poderiam não disparar o alarme se fossem postas bem rente ao corpo. Não entendo bem o porque disso, afinal algumas pessoas que possuem metal em seus corpos ( por problema, deficiências, ou por terem sofrido algum tipo de acidente) em muitos estabelecimentos são barradas por tais sistemas de segurança.
Eu entrei com minha chave e passei pela porta giratória. Como em quase todos os bancos era necessário retirar uma senha, numa dessas máquinas de senhas, que possuem dois botões um para atendimento normal e outro para atendimento preferência. O de atendimento normal é na cor verde. Apertei o botão uma, duas, três , quatro vezes...e nada de sair o papel. Fiquei olhando aquilo, já pensando que não sairia senha...Quando uma garota, com cerca de 18 anos, talvez mais talvez menos, de pele negra e que ouvia uma música no fone de ouvido, apertou o botão e segurou, até que a senha saiu.
Ela apertou e deixou a senha para que eu pegasse,a final eu estava ali antes e não tinha conseguido nas primeiras tentativas. Eu retirei a senha e disse: "Pode ficar"... e peguei a próxima senha. NA hora de aguardar eu me sentei ao lado dela. Não conversamos, não trocamos olhares nem nada...apenas esperamos as senhas serem chamadas...

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